terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Importancia de uma cidade ter coleta seletiva

Qual a importância da coleta seletiva?
Facilita o trabalho das pessoas responsáveis por encaminhar o material para as usinas de reciclagem, evita que tais materiais sejam levados para os aterros sanitários que são vistos como uma agressão ao meio ambiente, também ajuda na conscientização da sociedade, visto que os postos de coleta seletiva estão espalhados em alguns lugares das cidades, de modo que as pessoas podem procurar o mais perto de sua casa e contribuir com esse trabalho importante e eficiente e que emprega muitas pessoas dando assim renda e condições sociais de participar do processo, enfim todos saem ganhando com a reciclagem, espero ter respondido a sua pergunta...
 
O ato de reciclar papéis, papelões, metais, vidros e plásticos significa que esses materiais substituirão, como matérias-primas, materiais classificados como recursos naturais. Dessa forma, quanto mais se recicla, menos se toma da natureza; isso quer dizer, poupança para o futuro. Além de tudo isso, fica aliviado o volume de descartes em aterros que prejudica a qualidade do solo e das águas subterrâneas.

Naquele que reputamos como um dos trabalhos mais significativo que a Coordenadoria do Meio Ambiente de Volta Redonda (Coordema) vem realizando, é justamente o da implantação da coleta seletiva de materiais recicláveis por bairros.

Em ações muito bem organizadas e tendo à frente dois guerreiros, o Gilbero Chiarelli e o Sérgio Alves, mesmo em horas fora do expediente, a Coordema está conseguindo sensibilizar, com palestras e reuniões, as comunidades para a importância da seleção de lixos na origem.

Trata-se de uma frente de educação ambiental que, aos poucos, vai dando conhecimento ao público de que classe social for, de que grau de instrução tiver, das diversas formas em que se apresentam os recicláveis; quais aqueles que aparecem, mas não são recicláveis, ou mesmo, quais aqueles para que, hoje, não há estrutura ou tecnologia para reaproveitamentos.
A interpretação do belo de lugar para lugar
Antiguidade

A beleza teve um lugar considerável na filosofia e na evolução histórica da noção de arte. Uma questão fundamental sobre seu tema consiste em perguntar se o belo está na coisa ou no sujeito que o contempla, de tal maneira que a história das concepções da beleza parece flutuar de uma a outra dessas posições.
Os gregos, na Antiguidade, introduziram a primeira tese, pressupondo que o belo é uma característica das coisas belas e que certas proporções são belas por si mesmas. Os pitagóricos (século VI ao IV a.C.) descobriram que em todas as coisas há uma relação matemática, e, portanto, numérica. Não usavam o termo “beleza”, mas antes aquele de “harmonia”, que estava ligado ao número, à medida e à proporção. A sua concepção influenciou a arte grega e atingiu particularmente a música. Um outro fato do conhecimento dos pitagóricos era a relação do número de ouro, uma proporcionalidade que é encontrada na natureza e que também garante a harmonia das obras plásticas, quando entre o todo e a maior parte há a mesma relação que entre a maior e a menor parte, correspondendo a 1,618. É certo que os arquitetos e os escultores gregos empregavam esta relação nas suas criações.
Platão (428-347 a.C.), no diálogo Hípias Maior, visa responder à questão sobre o que é o belo, qual a sua essência, e o texto examina diversas possibilidades de definir o belo, como harmonia, em função do bem, e em função do prazer, e ao final é preciso admitir que nenhuma definição é suficiente. Essa indecisão é reconhecida no dito: “as coisas belas são difíceis”, que fecha o diálogo. O texto do Filebo indica que a beleza consiste na medida e na proporção. Nos diálogos posteriores, o belo é apresentado por Platão como ideia, que forma uma tríade com o bem e o verdadeiro. As coisas não são belas por si mesmas, mas são somente uma apresentação (aparência) da ideia do belo. O Fedro encara a beleza como a única, entre todas as ideias, que tem afinidade com as coisas visíveis, pois ela mesma oferece-se à visão e mostra-se com mais clareza no que é visível e atrai por si mesma o nosso amor; as outras ideias, ao contrário, são compreendidas através do nosso esforço. De modo que a clareza e a atração estão na própria essência da beleza. A beleza visível nos convida a uma mudança do olhar sobre as coisas e o mundo, semelhante à mudança que a filosofia nos conduz da percepção das coisas para a compreensão das suas essências (ideias). O Banquete menciona que a contemplação das coisas belas torna possível e prepara a ascensão da mente, como em escada, passando dos belos corpos à beleza dos corpos universalmente, depois às belas ocupações, às belas ciências, ao belo supranatural e, enfim, à essência (ideia) do belo.
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O belo pode ser interpretado de varias maneiras,porque cada um de nós temos um olhar diferente.Cada lugar tem a sua propria maneira de interpretar o belo, por exemplo:
Cada tribo tem a sua propria maneira de viver de se enfeitar e etc..
O que pode ser feio para nós pode ser bonito para as outras pessoas.
Bom cabe a nós respeitar as outras pessoas.
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Obra no bairro Beira Rio

O curso do córrego do bairro Beira Rio está sendo alterado. Agora, ele passará pelo meio da rua Geraldo Silva, e isso tem causado alguns transtornos, não só para nós moradores, mas também para os trabalhadores da obra. Há duas semanas, dois dos funcionários da empreiteira responsável pela obra quase ficaram soterrados, pois estavam na vala onde são colocadas as canaletas, quando a terra cedeu e desceu para a vala.
 Outro transtorno é a falta de espaço para os carros e ônibus transitarem, afinal, a rua está fechada e os veiculos estão passando por uma rua improvisada. Mas tudo isso está prestes a acabar, e todo esse transtorno é para o bem dos moradores, visto que após esta obra, o córrego não transbordará tão facilmente quanto antes.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

brasil anos 60 e 70

AS CRISES ECONÔMICAS NO BRASIL: ANOS 60 E 70
Anos 60 ditadura militar. Anos 70 crise do petroleo.

RESUMO
Este artigo analisa as explicações marxistas sobre as crises econômicas brasileiras dos anos 60 e 70. Estas crises são endogenamente determinadas pelas contradições do processo de desenvolvimento capitalista dependente. É destacada a explicação baseada no aumento da composição orgânica do capital e a conseqüente queda na taxa de lucro.
A inflexão cíclica que se segue ao período expansivo do Plano de Metas é a primeira crise industrial da economia brasileira, causada por fatores endógenos. Desde os anos 30, o centro dinâmico da economia brasileira já era determinado pela produção industrial, embora só na segunda metade dos anos 50 o seu valor tenha ultrapassado o valor da produção agrícola. Esta crise, que se estende de 1962 a 1967, só viria confirmar a importância dos investimentos na determinação da nossa dinâmica econômica.
Um novo ciclo expansivo ocorre com o chamado "milagre econômico" no período 1968-73, com um crescimento médio do PIB de 11,2% ao ano. Após um crescimento de 14,0% do PIB em 1973, a economia atravessará a chamada crise do milagre, com a queda no ritmo de crescimento. Mas em termos quantitativos esta inflexão é relativa, na medida em que o crescimento médio do PIB atingiu 6,7% a.a. no período 1974-78.
As explicações para estas crises serão diferenciadas, conforme o pertencimento teórico dos autores. Este artigo analisará as explicações com enfoque marxista, bem como algumas de suas variações, quase todas centradas na questão da desproporcionalidade departamental. A seção 1 analisa a crise dos anos 60; a seção 2 trata da crise nos anos 70, e a seção final explora a possibilidade de explicarmos estas crises a partir da elevação da composição orgânica do capital e da conseqüente queda na taxa de lucro
1. A inflexão cíclica 1962-67
O crescimento do PIB brasileiro no período 1956-62 atingiu uma média anual de 7,1%. A produção industrial cresceu 9,8% a.a. Este forte ritmo de crescimento é seguido por uma inflexão cíclica. No período 1962-67, o crescimento do PIB apresenta uma média de 3,2%, e a produção industrial cresce tão somente 2,6% a.a. Os primeiros sinais de desaceleração já se manifestaram em 1962, após o ‘boom’ expansivo do Plano de Metas. Maria Conceição Tavares e José Serra qualificam essa crise, que com várias inflexões se arrasta até 1967, como de natureza cíclica , após a conclusão do volumoso pacote de investimentos iniciados em 1956/57. As políticas de estabilização de 1963 (Plano Trienal) e de 1964-66 (PAEG) também contribuíram para aprofundar esta desaceleração, que sinalizou o próprio esgotamento do Processo de Substituição de Importações, em um contexto de um mercado estruturalmente limitado para os bens de consumo duráveis, convivendo com graves problemas de financiamento. Para estes autores, a continuidade do forte ritmo de crescimento exigiria um novo bloco de investimentos, que deveria "cumprir um papel semelhante ao da onda de inovações de Schumpeter, a qual não ocorrendo regularmente no tempo tende a provocar profundas flutuações no desenvolvimento capitalista" (Tavares&Serra, 1972:167-73). Os argumentos de Tavares&Serra, segundo Nora Lustig, "claramente os classificam na teoria de crise de realização subconsumista" (Lustig, 1980:40).
Francisco de Oliveira irá identificar na crise econômica as conseqüências da crise política, no momento em que as classes trabalhadoras denunciam o pacto populista, em que “não participavam dos ganhos, como viam deteriorar-se o próprio nível de participação na renda nacional que já haviam alcançado” (Oliveira, 1977: 48). No célebre artigo A economia brasileira: crítica à razão dualista, o autor introduz também a questão da proporcionalidade departamental para a continuidade do processo de acumulação. Analisando a relação entre o crescente excedente, a poupança e a acumulação real, Oliveira conclui que é necessário que a velocidade de crescimento das relações interindustriais entre os departamentos I e II da economia seja mais alta que o crescimento da poupança, para a continuidade do crescimento. Mas a “dessubstituição de importações” de bens de capital, a partir do Plano de Metas, vai contra este incremento de relações interindustriais e aparece como elemento potencialmente causador de crise. Continuando a análise, o autor ao tratar já dos anos do "milagre econômico", se refere explicitamente à instabilidade potencial da sobre-acumulação existente naqueles anos na economia brasileira, quando a poupança crescente não encontra oportunidades de inversão real, conforme análise clássica desenvolvida por Dobb (1978). Na parte final deste mesmo artigo, o autor, ao discutir as perspectivas da continuidade da expansão capitalista no Brasil, introduz a questão do mercado, tendo em vista o agravamento do processo de concentração de renda no pais. Na verdade, apesar das críticas de Oliveira a Tavares&Serra, encontra-se nos artigos destes autores mais semelhanças teóricas do que diferenças. O elemento condutor da análise é em ambos artigos o desequilíbrio departamental, causado pelo desenvolvimento insuficiente do departamento I da economia brasileira. Mesmo a questão do mercado, sempre tão presente em Tavares&Serra, acaba sendo também abordada por Oliveira.
Singer(1977 e 1982) analisa as crises considerando além das características inerentes ao modo de produção capitalista ( anarquia da produção e conseqüente possibilidade de desproporcionalidades), os chamados ciclos econômicos políticos, desenvolvidos pioneiramente por Kalecki, em que são considerados os efeitos das políticas econômicas keynesianas, que geram crises cíclicas exatamente ao implementarem as políticas anti-cíclicas. Assim, este autor analisa a crise dos anos 60 como uma crise estrutural de superprodução ou subconsumo, agravada conjunturalmente pela política econômica recessiva do governo militar, após a recessão de 1963 com o Plano Trienal de Celso Furtado. Isto em um contexto de desequilíbrios estruturais presentes desde o final da II Guerra, e decorrentes do processo de industrialização do pais via substituição de importações.
A questão da superprodução ou sobreacumulação será considerada por quase todos os autores que vão analisar a crise dos anos 60. Certamente a existência de elevada capacidade ociosa em importantes indústrias, será fundamental para isto: Serra (1982) estima em 50% a capacidade ociosa na indústria automobilística no início dos anos 60, enquanto Leff(1977) aponta a existência de capacidade ociosa generalizada no conjunto do setor de bens de capital. Este excesso de capacidade deve-se mais a determinantes microeconômicos, do que a fatores macroeconômicos: investimentos em indústrias oligopolizadas, capital-intensivas, com grandes escalas mínimas de produção, em um mercado relativamente restrito. Não se trata, na verdade, das crises clássicas de superprodução de capital, em que o capital reinvestido não se valoriza às taxas de lucro auferidas anteriormente, tornando-se, assim, um capital em excesso, que deverá ser destruído.
No campo marxista há toda uma tradição crítica sobre a questão da desproporcionalidade, bem como sobre a identidade super-produção/subconsumo. Embora não esteja entre os objetivos deste artigo o enfrentamento desta questão, excelentes revisões críticas podem ser encontradas em Roldosky(1979), Mandel(1982) e Sousa(1992).
Uma das análises mais complexas e completas sobre a crise econômica que ocorre no pais nos anos 60 é desenvolvida por Maria Moraes. Esta autora articula a questão da tendência decrescente da taxa de lucro, em um momento conjuntural de inflexão cíclica e de dificuldades na agricultura, com o ascenso da luta política: “A crise de 1964 é pois a unidade de determinações econômicas (as contradições oriundas do desenvolvimento capitalista brasileiro na década dos anos 60, apoiado no Estado e no capital estrangeiro, numa conjuntura de baixa do ciclo industrial e de dificuldades do setor agrário, em que não conseguiram ser postos em prática mecanismos que contrabalançassem a tendência decrescente da taxa de lucro ) e políticas ( ascensão do movimento de massa no contexto de um governo de inspiração democrático-nacional)” (Moraes,1974:46). É interessante assinalar que Mário Henrique Simonsen, autor com posição política antagônica aos aqui focalizados, também associa a desacelelação dos investimentos no início dos anos 60 à instabilidade política que se segue à renuncia de Jânio Quadros (Simonsen,1969 ). Dentre os autores que estamos tratando, Francisco de Oliveira reconhece na luta política a principal causa da crise; Singer também aborda a questão, considerando que a inflação crescente estimula a ação sindical dos trabalhadores, e provoca, ainda, a radicalização das reivindicações políticas,

2. O "milagre" e sua crise
Após o golpe militar de 1964, será implantado o PAEG, buscando controlar a inflação e realizar um amplo conjunto de transformações institucionais no país. Estas transformações internas e a conjuntura externa favorável produziriam o milagre econômico brasileiro, com um crescimento médio do PIB de 11,2% ao ano entre 1968/73, atingindo o crescimento máximo de 14%

BRASIL ANOS 60 E 70 - REVOLUÇAO:
Houve uma grande revolução nos anos 60 e 70 com o aparecimento do feminismo e os movimentos a favor dos negros e homossexuais. Surgem também os hippies, os quais eram totalmente a favor da paz,também conhecido como contracultura.Foram também décadas marcadas pelas drogas. Foram décadas em que os projetos dos anos 50, foram realizados. Também surgiram movimentos em defesa do meio ambiente. Nos anos 70, houve um crescimento das revoluções comportamentais dos anos 60.

Brasil anos 60 e 70 - Tropicalia.
O que foi o tropicalismo?
 A Tropicália , Tropicalismo ou Movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop - rock e a concretismo ); mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais.
Quais objetivos? 
Tinha também objetivos sociais e políticos, mas principalmente comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar , no final da década de 1960.
O que manifestou? 
O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso , Gilberto Gil , Os Mutantes e Tom Zé ); manifestações artísticas diversas, como as artes plásticas (destaque para a figura de Hélio Oiticica ), o cinema (o movimento sofreu influências e influenciou o Cinema novo de Gláuber Rocha ) e o teatro brasileiro (sobretudo nas peças anárquicas de José Celso Martinez Corrêa).

Brasil anos 60 e 70 - Querilhas
Guerrilha do Araguaia foi um movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tinha como o objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseado nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa.
Combatida pelo exército a partir de 1972, quando vários de seus integrantes já haviam se estabelecido na região há pelo menos seis anos, o palco das operações de combate entre a guerrilha e o Exército se deu onde os estados de Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira. Seu nome vem do fato de se localizar às margens do rio Araguaia, próximo às cidades de São Geraldo do Araguaia e Marabá no Pará e de Xambioá, no norte de Goiás (região onde atualmente é o norte do estado de Tocantins, também denominada como Bico do Papagaio).[1]
Estima-se que o movimento, que pretendia derrubar o governo militar, fomentando um levante da população, primeiro rural e depois urbana, e instalar um governo comunista no Brasil, era composto por cerca de oitenta guerrilheiros sendo que, destes, menos de vinte sobreviveram, entre eles, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, que foi detido pelo Exército em 1972, ainda na primeira fase das operações militares. A grande maioria dos combatentes, formada principalmente por ex-estudantes universitários e profissionais liberais, foi morta em combate na selva ou executada após sua prisão pelos militares, durante as operações finais, em 1973 e 1974.[1] Mais de cinquenta deles são considerados ainda hoje como desaparecidos políticos.[2]
Desconhecida do restante do país à época em que ocorreu, protegida por uma cortina de silêncio e censura a que o movimento e as operações militares contra ela foram submetidos, os detalhes sobre a guerrilha só começaram a aparecer cerca de vinte anos após sua extinção pelas Forças Armadas, já no período de redemocratização.

O bonito futebol dos anos 60 e 70
O futebol praticado nos anos 60 e 70 era mais bonito que o atual sem sombra de dúvida.
Algumas pessoas discordam, dizendo que naquela época o jogo era lento e outras coisas mais, mas para mim a grande diferença está no meio-campo, ou seja, a parte sensível da espinha dorsal de um time de futebol.
Naquele tempo todos os times usavam o 4-2-4, com raras exceções como Fluminense que utilizava Telê pela direita fazendo o terceiro homem e o Botafogo que utilizava Zagallo pela esquerda fazendo a mesma função.
O Corinthians tinha Edson Cegonha, depois Tião e Rivelino. O Santos tinha Zito (depois Lima e Clodoaldo) e Mengálvio (depois Lima). O São Paulo nos anos 60 trocou tanto o meio de campo que não daria para enumerar. Somente nos anos 70, com a vinda de Chicão, Gérson e Pedro Rocha conseguiram formar um bom meio-campo. O Palmeiras tinha Zéquinha e Chinesinho, que foram substituídos por Dudu e Ademir da Guia.
Seu Olegário (Dudu) chegou da Ferroviária para o Palmeiras e os torcedores ficaram cismados com aquele rapaz franzino e muitos duvidaram de sua permanência no clube. Quando assumiu a posição de Zequinha o futebol de Dudu apareceu. Ele fazia a cobertura dos dois laterais e ainda era o líbero na frente dos zagueiros.
Ademir da Guia veio do Bangu, trazido por seu pai, o grande Domingos da Guia, tido por muitos como o melhor beque central que o Brasil teve. Passados 4 ou 5 meses seu pai veio visitá-lo e ficou surpreso ao ver o filho na reserva. Ademir então disse ao pai: “assista ao treino e veja o Chinesinho jogar. Ele parece mágico, o seu domínio da bola é espetacular“. Mas passados alguns meses Chinesinho foi vendido para o Catania da Itália e Ademir assumiu o posto de titular.
Ademir da Guia foi um jogador magistral. Tido por muitos como lento, Ademir tinha passadas longas, parecia um bailarino, seus pés pareciam que nem no chão tocavam e quando partia com a bola quase sempre deixava os atacantes palestrinos na cara do gol, que o digam Gildo, Edu Bala, Ademar Pantera, César Maluco, Nei e muitos outros.
Dudu e Ademir da Guia formaram a dupla de meio campistas que mais tempo jogaram juntos e se tivessem um medidor de metros percorridos como hoje, garanto que os futebolistas atuais ficariam com inveja!
Por tudo isso, digo que o futebol dos anos 60 e 70 era muito mais bonito. Usavam-se apenas dois jogadores no meio campo, um marcador e outro apoiador. No futebol de hoje os esquemas são 4-4-2, 3-5-2 etc.
Qualquer dia chegaremos ao 6-3-1 ou até ao 8-1-1!